Minha longa caminhada

Minha longa caminhada
Estou partindo de 96kg para chegar aos 65kg, Tenho q me livrar de 30 kg. .

quinta-feira, 12 de julho de 2012

O verdadeiro peso de estar acima do peso


Este texto eu encontei no site da Revista Super Interessante e compartilho aqui pra vcs na íntegra. 

por Mirella Nascimento






Ser gordo não é só estar acima do peso. Quilos extras e vergonha do corpo trazem riscos para a saúde, além de preconceitos. Mas já tem muitas pessoas por aí trabalhando para mudar isso - e você pode se juntar a elas

Um bebê que precisa mamar só consegue avisar a mãe que está com fome quando começa a chorar. Para ela, logo fica claro quando o choro é de fome. É que, se a criança parou, é porque está satisfeita. Quando cresce um pouco, a criança aprende a pedir por comida. Mas o sinal de saciedade nem sempre é entendido: quantas vezes sua mãe insistiu para que você continuasse comendo quando você não queria mais? Em algum momento da vida, paramos de deixar que o corpo decida quando devemos começar e terminar de comer. E tentar devolver a ele essa decisão pode ser o primeiro passo na busca do peso ideal e saudável.


A ciência ainda não sabe explicar totalmente por que as pessoas engordam a ponto de ficarem obesas. E também não encontrou a fórmula ideal de perder peso com saúde. Em uma simplificação grosseira, engorda quem come mais do que gasta de calorias. Mas essa não é uma conta exata e qualquer um sabe que apenas dieta e exercícios não resolvem todos os problemas. Existem milhares de dietas por aí, mas o número de gordos no mundo só aumenta. "Não é só o excesso de comida que deixa alguém obeso. São considerados diversos fatores, como a genética, que influencia o metabolismo. Dormir pouco engorda, até ar-condicionado engorda - com menores variações de temperatura, o corpo acaba gastando menos energia", afirma o endocrinologista Alfredo Halpern, chefe do grupo de obesidade e síndrome metabólica do Hospital das Clínicas de São Paulo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). 

Antes de continuar, um parêntese: há uma diferença entre "gordo" e "obeso". A medicina classifica como obesa pessoas com índice de massa corpórea (IMC) acima de 30. Gordos são o que os médicos chamam de "acima do peso", com IMC a partir de 25. Ou seja, alguém que não passou da linha que classifica a obesidade, mas que ao se olhar no espelho normalmente não se sente satisfeito com o próprio corpo. Segundo o Ministério da Saúde, em 2006, quase 43% dos brasileiros estavam acima dopeso. Em 2009, esse número aumentou para quase 47%.

peso na saúde

A relação direta entre o acúmulo de gordura no corpo e o desenvolvimento de doenças como diabetes e hipertensão não foi completamente esclarecida. Mas sabemos que o excesso de gordura interfere nas reações químicas responsáveis por manter nosso corpo em funcionamento. Ele aumenta a resistência à insulina (o que leva ao aumento de açúcar), além do aumento do nível de triglicerídeos e colesterol em circulação. 

Muitos médicos defendem que, por ser uma doença crônica, a obesidade deve ser tratada com medicamentos pela vida toda, já que, uma vez obesa, a pessoa sempre terá predisposição para engordar. Mas nem todos os obesos, mesmo aqueles em nível mais alto, com IMC acima de 35, desenvolvem outras doenças. "Existem os obesos metabolicamente normais, que, por algum motivo, não desenvolvem hipertensão ou colesterol alto. Mas isso acontece em 1 a cada 4 casos. O que não quer dizer que não precisem emagrecer. Eles não estão livres de outros problemas de saúde, como nas articulações (leia mais no quadro abaixo)", ressalta o médico. 

Algumas correntes de estudos preferem não classificar todas as pessoas acima do peso de doentes e se focar nos tratamentos dos problemas específicos causados pelo excesso de gordura. Um estudo da Universidade de York, no Canadá, analisou 6 mil americanos obesos durante 16 anos, comparando orisco de mortalidade com o de pessoas dentro do peso, e concluiu que obesos podem viver tanto quanto os magros e ser menos propensos a morrer de doenças cardiovasculares. Para a autora, Jennifer Kuk, professora da Faculdade de Cinesiologia e Ciências da Saúde de York, a descoberta coloca à prova a ideia de que basta ser gordo para precisar perder peso. A pesquisa revelou ainda que obesos que não tinham prejuízos físicos e fisiológicos eram mais propensos a ser fisicamente ativos e a manter umaalimentação equilibrada.

"Está claro que o peso é associado com o maior risco de algumas doenças, mas as causas podem ser diversas", diz a nutricionista Linda Bacon, autora do livro Health at Every Size (Saúde em Qualquer Tamanho, sem edição em português). Linda não tenta negar, por exemplo, que doenças como diabetes e hipertensão sejam mais comuns entre os gordos. "Mas um estudo mostrou que mulheres obesas que haviam feito dietas tinham pressão alta, enquanto as que nunca haviam feito tinham pressão normal", relata. Cada vez mais especialistas concordam que dietas - especialmente as mais restritivas, que cortam algum grupo de alimentos - provocam mudanças no metabolismo, causam estresse e, muitas vezes, resultam na volta do peso inicial quando terminam.

Isso, você entendeu direito. Fazer dieta pode ser pior do que permanecer gordinho. Tentar perderpeso e falhar pode ser bem mais perigoso do que ficar em um patamar elevado e manter um estilo de vida saudável, com exercícios físicos e dieta balanceada. Se o emagrecimento provocar o chamado efeito sanfona, pior ainda: a pessoa perde músculos e gordura e, ao engordar novamente, ganha apenas mais gordura.

Outras pesquisas vão além. Um relatório citado no livro de Linda compilou dados de 26 estudos e concluiu que indivíduos acima do peso estão vivendo mais do que aqueles de peso normal - na contramão de afirmações de que as próximas gerações podem viver menos do que seus pais em função justamente de doenças como a obesidade. Outros 15 estudos feitos entre 1983 e 1993 reunidos pelo fisiologista Glenn Gaesser mostram que perder peso pode até aumentar o risco de morte. No mesmo período, segundo Linda, apenas dois estudos apontaram que a perda de peso reduz o risco de morrer cedo e um deles diz que há o acréscimo de 11 horas de vida para cada libra perdida (o equivalente a 453,6 g). Ou seja, você pode acabar gastando mais tempo para perder peso do que o tempo que você vai ganhar de vida em função disso.

Gordura na cabeça

Não é só o corpo que sofre com o excesso de gordura e as variações de peso. Psiquiatras identificaram doenças e distúrbios psicológicos ligados à obesidade. Um dos mais comuns é o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP). De acordo com Adriano Segal, diretor de psiquiatria e transtornos alimentares da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), 75% dos pacientes com TCAP têm excesso de peso. Uma das causas possíveis é (de novo!) ter feito dietas restritivas repetidas por anos. Deixar de comer proteína ou carboidrato, por exemplo, pode provocar de desnutrição a transtornos psiquiátricos.

Outros problemas vão de quadros depressivos e ociosos a bulimia nervosa, passando por hiperatividade e bipolaridade. Para variar, as origens de cada alteração não estão completamente esclarecidas. "Mas uma coisa é certa: os problemas psiquiátricos não levam à obesidade. O caminho é inverso. E, acredita-se, por causa do estigma, da qualidade de vida em função dos remédios e de consequências resultantes de dietas malsucedidas", explica Segal.

Estar acima do peso também influi no comportamento de outras maneiras. A própria personalidade dos gordos pode ser diferente. Mesmo que não haja indícios científicos de diferenças entre gordos e magros, existe a figura do gordinho engraçado (quem nunca teve um colega de escola engraçadão?). Para a psicóloga americana Judith Rich Harris, autora de Diga-me com Quem Anda, os humanos têm a necessidade evolutiva de encontrar um papel que renda uma boa posição no grupo, ganhando proteção do mesmo sexo e atraindo o oposto. Para ela, é assim que o gordinho vira o engraçado: usando o humor para chamar a atenção. 

E, quando conquistam seu par, os gordinhos têm desempenho acima da média. Uma pesquisa da Universidade de Erciyes, na Turquia, mostrou que homens acima do peso são menos propensos à ejaculação precoce e tendem a manter a relação sexual por 4 vezes mais tempo do que os de IMC normal. Para os cientistas, a maior presença do hormônio estradiol, tipicamente feminino, faz com que ele demore mais para chegar ao orgasmo. 

Orgulho e preconceito

Longe dos consultórios, o estigma social contra o gordo é mais antigo do que a preocupação com asaúde dos obesos. "Por volta do século 19, a gordura passou a ser vista como uma característica de pessoas vistas como `inferiores¿ ou `primitivas¿, incluindo africanos, mulheres e, nos EUA, a classe trabalhadora e os imigrantes. Os médicos não se preocupavam muito com o peso nessa época", diz a socióloga Amy Erdman Farrell, professora do Dickinson College, na Pensilvânia, e autora do livro Fat Shame (Vergonha de Gordo, sem edição em português), que traça um histórico dos estigmas e preconceitos contra os gordos ao longo da história. Antes disso, porém, a circunferência da barriga era proporcional a riqueza e status. A figura de um homem gordo vestindo fraque e cartola, chamada de "fat cat" ("gato gordo", em inglês), foi a caricatura do poder por muitos anos. "Isso mudou especialmente no começo do século 20, apesar de ainda vermos `fat cats¿ hoje", afirma Amy.

Mas, ainda hoje, são raros os espaços públicos adaptados para os gordos. Da escola ao mercado de trabalho, quem está acima do peso é visto como diferente. Uma pesquisa recente mostrou que mais de 70% dos empresários brasileiros têm restrições para contratar obesos. "No restaurante, todo mundo olha se você come como uma baleia. Pesquisas em diferentes países confirmam a discriminação", diz Adriano Segal. Um estudo feito na Inglaterra apontou que crianças preferem brincar mais com outras crianças com deficiências físicas e mentais do que com colegas obesas. 

Nos Estados Unidos, onde mais de 70% da população está acima do peso, grupos tentam promover a aceitação do gordo. Entre o final dos anos 60 e o começo dos 70, surgiram instituições como a Associação Nacional para Acelerar a Aceitação dos Gordos nos EUA e a Associação pela Diversidade de Tamanho e Saúde. Nas universidades, especialmente em grupos ligados à sociologia e aos estudos de gênero, surgiram os pesquisadores especializados em "fat studies" (estudos da gordura) - que não pesquisam apenas os aspectos fisiológicos da gordura, mas a situação dos gordos na sociedade.

Para o movimento Saúde em Todos os Tamanhos (Health at Every Size, ou HAES), um dos mais influentes na área, é importante promover o bem-estar na busca por uma vida saudável. "A Organização Mundial da Saúde define saúde como o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de doença. Para isso, é preciso respeitar a maneira de comer e o corpo", afirma Marle Alvarenga, nutricionista, professora da USP e coordenadora do Grupo Especializado em Nutrição e Transtornos Alimentares, que trabalha com o paradigma do HAES no Brasil. O HAES questiona a forma como se trata a obesidade no mundo e promove a saúde combatendo as dietas e incentivando uma alimentação saudável e a prática de exercícios. Além disso, prega que se deve respeitar as sensações de fome e saciedade, comendo quando o corpo pede e parando antes de se sentir estufado - como quando você era bebê e só mamava. Quando o assunto é atividade física, não se resume a academia e corrida. "É preciso encontrar o que gosta e ser ativo. Mas se mexer pode ser dançar, ir até o ponto de ônibus no caminho do trabalho todos os dias. O que não pode é ter uma vida sedentária", diz Marle. 

Com essa mudança de paradigma, as pessoas acabam encontrando seu "peso de equilíbrio" - o que, para muitos, resulta em emagrecimento, já que é comum estar com o corpo "desregulado". Uma pessoa muito obesa, que tenha mudado muito o metabolismo, dificilmente vai ter um peso de equilíbrio baixo. Mas o peso bom é o que você consegue ter com boas práticas.

"Aceitação não significa desistir. Significa se mexer para prestar atenção nas coisas mais importantes e naquelas coisas que você tem poder de mudar. Quando as pessoas odeiam seu corpo, fazem piores escolhas de saúde", resume a nutricionista Linda Bacon. Antes de querer mudar de peso, é preciso entender seu corpo. 

A minha luta é contra eu mesma.

Olá a todos!!!
Quanto tempo faz mesmo que eu não apareço por aqui? Uns 6 meses, é isso?
Nossa, bastante tempo não é mesmo?
Vcs devem estar imaginando o que aconteceu neste tempo em que fiquei ausente. Muitas e muitas coisas, mas entre elas não está meu emagrecimento, infelizmente.
Ocorreram coisas tristes, muito, muito dolorosas, muito difíceis e complicadas. E eu engordei. Sim, engordei bastante. Cheguei aos 96kg.
Ai, difícil né?
Mas eu não tenho mais tempo para lamentações.
É hora de mudar, mudar tudo!
Eu não preciso mais emagrecer: EU VOU EMAGRECER!
Serei mais imperativa, mais enfática, mais visionária e mais realista.

Depois daquela estarrecedora revelação de que eu estou GORDA mesmo e minha aparência está muito diferente daquela que eu conhecia, acho que meu cérebro está aceitando esta figura.
Parece que eu estou mais exigente mesmo, que tenho percebido a magnitude do real problema.
Problemas de saúde por incrível que pareça, não estavam despertando meu senso de responsabilidade. Parece loucura, mas era exatamente isso que acontecia.
Não, eu não sou louca. E também não sou suicida. E agora eu entendo uma porção de gente. Pessoas que eu julgava, recriminava e mal-dizia. Agora eu entendo que quando a gente chega num estágio na qual eu também cheguei, emagrecer num é uma questão meramente estética, nem o prejuízo da saúde às vezes é capaz de fazer alguém despertar para o seu problema de obesidade. Então, vc que tem mania de julgar os "gordinhos", não faça isso. Vc não sabe o que ele tem passado, o que tem enfrentado e o pior dos inimigos do "gordinho" é ele mesmo. E não é nada fácil vencer a si mesmo. Nada fácil. É a pior das guerras.


Porque vc quer mudar, mas não consegue. Não consegue e se frusta, se deprime e o problema só piora.
Não é desleixo, não é preguiça, não é descaso. É uma doença, física e emocional.
Nós, obesos, perdemos o controle. Vc já perdeu o controle? Então pode imaginar como é...
A gente não tem forças, não consegue forças para superar.
E eu procurei ajuda, procurei ajuda para emagrecer. Eu e meu pai, que é obeso mórbido, nos inscrevemos no Vigilantes do Peso e estamos tentando encontrar ferramentas, ajuda e incentivo para vencer de uma vez por todas esta guerra contra a obesidade. Na verdade contra nós mesmos. Nós vamos conseguir!!



"Não faças do amanhã o sinônimo de nunca, 
nem o ontem te seja o mesmo que nunca mais.
Teus passos ficaram. 
Olhes para trás ... mas vá em frente 
pois há muitos que precisam 
que chegues para poderem seguir-te."








quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Rumo a longa caminhada


EU CONSEGUI!!!       EU CONSEGUI!!!     CONSEGUI EMAGRECER 2,5KG!!!
Não estou nem acreditando.
Este ano inteeeeeiro tentei, tentei e tentei emagrecer, mas quanto mais eu tentava, mas engordava. Não conseguia entender o que eu estava fazendo de errado, mas recentemente tudo mudou.
Meu marido me deu de presente o livro "Ultra-Metabolismo" de Mark Hyman.



Este livro está mudando meu modo de ver o emagrecimento. Descobri, por exemplo, que estresse engorda. Mesmo que nos alimentemos menos, que nos exercitemos mais, em estresse nós engordamos. Senti isso na pele! Outro fator q nos atrapalha no emagrecimento não é o consumo das calorias, mas "quais" calorias estamos ingerindo. Mas pra falar a verdade eu não segui nenhum princípio do livro para emagrecer por enquanto. O que mudou foi a minha cabeça!
Desde meu ultimo post "Fatorexia ou Gordorexia: já ouviu falar? " muitas coisas estão mudando aqui dentro na minha caxola.
Eu percebi o quanto gorda eu estou e aí vi que antes, como não me achava tão obesa, eu tb não era tão rígida comigo. Me permitia algumas exceções, o problema é que estas exceções atrapalhavam em muito todo o meu processo de emagrecimento, mesmo que tais exceções não eram muitas. Descobri que para chegar onde eu quero eu realmente tenho que abrir mão de muitas coisas. Pensar que vale a pena abrir mão de tais coisas, pois no futuro próximo eu estarei magra, linda e saudável. E vai valer a pena todo este sacrifício.
Então na semana que se passou eu iniciei um regime extremamente restritivo, para dar um "chacoalhão" no meu cérebro, para que meu corpo e, principalmente, minha cabeça entendam minha real necessidade de voltar ao meu peso original.
Foi uma semana bem difícil, não vou mentir, mas segui à risca a dieta. E ao final desta semana ao me pesar percebi que havia dado certo!
Sai de 91 kg para 88,5 kg!

Mas apesar do emagrecimento não estou muito feliz. Não estou pq percebi que é necessário abrir mão mesmo, fazer sacrifícios em favor do emagrecimento. Não tem jeito!
Tenho q pensar q isso é extremamente necessário, pensar que é até meu corpo mudar seu metabolismo, pensar que é passageiro, mas o caminho tb é longo.
Quero emagrecer uns 25 kg e até lá vou ter que me privar de muuuuuita coisa. É uma escolha.
OU eu escolho comer tudo o que eu quero OU eu escolho ser magra. Simples assim. E eu estou escolhendo hoje ser magra! Estou disposta a abrir mão de muitas coisas, estou disposta a me sacrificar, estou disposta a manter um estilo de vida que não é meu, por enquanto.
Sei que vai ser extremamente dificil, mas preciso lembrar daquela famigerada foto, me lembrar por que estou me sacrificando e me lembrar que no final estarei mais feliz.
O duro é o tempo q isso vai levar.
Qto tempo?
É lógico q quero estar magra AMANHÃ, e esta ansiedade não pode me atrapalhar, tenho q usá-la em meu favor.
Também não vou mentir, estou com medo.
Estou com medo da caminhada que se segue, dos passos que terei que dar, da força que terei que ter, das escolhas que farei. Estou com medo de não conseguir novamente, de perder o pique, de me frustrar, me rebelar...
Medo de tudo.
Pq agora estarei nadando contra a maré. Lutando contra os maiores fantasmas que já enfreitei. Terei que vencer a obesidade, a depressão e a ansiedade, mas, mais do que isso, devo vencer minhas frustações e falta de amor-próprio. Tenho que me dar mais valor, em tudo.
Caminhada dificil, ardua e imensa.
Mas vamos lá.
Eu já consegui dar os primeiros passos e tive sucesso, então bola pra frente!

domingo, 27 de novembro de 2011

Fatorexia ou Gordorexia: já ouviu falar?



Hoje eu fiquei horrorizada com uma descoberta: estou MUITO mais gorda do que eu imaginava!!
Aí, você pode se perguntar: "como assim mais do que imaginava?" Pois é exatamente isso que você leu!
Ontem fui a um evento com o meu marido e neste evento tínhamos que usar uma camiseta tipo pólo, como um uniforme. E este tipo de camiseta simplesmente eu detesto, "esta camiseta me engorda" pensei.
Apesar de me pesar corriqueiramente e ver os  números da balança aumentarem, apesar de ter de comprar roupas com numerações maiores, apesar de estar com problemas de saúde por conta do excesso de peso, eu não estava me dando conta do QUÃO gorda eu estou.
Parece piada, mas é uma triste e chocante verdade.
Me dei conta por causa da "camiseta pólo que me engorda".
Sempre fui muito vaidosa, gosto de me vestir bem, de ter as unhas sempre bem feitas, cabelos bonitos e tratados e uma boa maquiagem. Assim eu me arrumava, assim eu cuidava de mim e conseguia disfarçar as minhas "imperfeições". Coloco roupas bonitas, confortáveis e soltinhas, faço aquela escova no cabelo, coloco uma cor chique nas unhas, me maqueio e me olho no espelho e falo: tá linda!
Toda vez me olho no espelho eu penso: "é..vc tá um pouco gordinha, mas tá bom...tá bonita ainda."
Mas neste sábado eu fui obrigada a usar aquela camiseta pólo...
Mas o que combinar com ela?
Num primeiro momento pensei com colocar aquele sortinho branco. Fui colocar e.....não coube!
Os pensamentos me vieram à cabeça: "tá engordei mais um pouco, tudo bem".
Então revolvo colocar uma saia e...não entrou!
Aff...
Por fim tento colocar uma bermudinha...opa....yes, deu certo, hum...ficou bom...tá, vamos lá!
E "lá" chegamos e "lá" tiramos muitas e muitas fotos. E, pronto, meu mundo caiu!!!
Aliás, minhas fichas cairam...e doeram.
Sim, eu estava naquelas fotos, aquela GORDA ERA EU!!!
Eu, eu mesma!
Gorda, obesa, muito mais do que eu me via no espelho. Como pode?? Como pode?? Eu não conseguia assimilar aquilo. Ou melhor, aí sim que eu me dei conta de tudo, de todos os problemas que eu tenho enfrentado. 
Eu me olho no espelho e me vejo magra!!! Não consigo enxergar toda a minha obesidade.
Fiquei chocada!
Na verdade eu estava já percebendo isso....toda vez q eu via uma foto minha eu me indignava: caraca to gorda mesmo. Mas depois "esquecia", como pode?
O que acontece é que quando não estou me vendo e se me imagino, me imagino magra. Na verdade me imagino como eu era. Minha auto-imagem é "daquela" Melissa que um dia foi magra. Eu não consigo me ver gorda, não consigo me ver como estou agora. Não me parace real, não sou eu....aquela gorda da foto não sou eu. Mas sou!!!
Meu cerebro TEM q entender! Sim, eu sou!! Sim, EU ESTOU GORDA, estou obesa!!!
Aceite isso e mude!!! Mas meu cerebro  rejeita essas informações, mas pq? Por queeeeeeeee????
Só sei q "ele" tem me atrapalhado e em muito.
Veja que contradição: sim, eu sei q estou gorda e também eu sei que preciso emagrecer. Sim, estou com problemas de saúde. Mas tudo isso meu cerebro não está computando!!!!
De alguma forma eu me sinto linda, me sinto saudável e me sinto bem. E por incrível que pareça estes sentimentos estão me atrapalhando!
Porque na minha cabeça louca eu só consigo pensar, estou "gordinha, pouco acima do meu peso".
Mas é MENTIRA isso!!
Como eu não consigo perceber?? Como? Como??
É uma diferença gritante no que eu vejo no espelho e no que eu vejo nas fotos, como pode isso??
Fiquei, e estou, chocada com essa descoberta.
Bem, daí é lógico q eu fui ao Google procurar algo do tipo: "anorexia ao contrário" e descobri que existe algo...
Na verdade não é nada que seja reconhecido pela comudidade científica e médica, mas tem algo já rolando sobre o assunto. Foi apelidado de FATOREXIA ou gordorexia que é um tipo de transtorno alimentar que leva a pessoa a acreditar que está mais magro do que realmente está.
http://nutricionistasdepe.blogspot.com/2010/05/voce-ja-ouviu-falar-em-gordorexia.html

Para Fábio Salzano, psiquiatra do Ambulatório de Transtornos Alimentares do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, em São Paulo, pode ser que o distúrbio de Bird já seja reconhecido. “Indivíduos com Transtorno da Compulsão Alimentar Periódica (TCAP), que comem exageradamente sem tomar medidas compensatórias – como vômitos autoinduzidos –, normalmente são obesos e não se dão conta disso”, explica. Segundo Salzano, as vítimas deste transtorno comem muito, mas não percebem que ingerem uma qualidade anormal de alimento.
No entanto, não é que as pessoas com TCAP se veem magras a ponto de acharem que pesam 40 quilos quando pesam 90. De acordo com Salzano, as vítimas deste problema não se acham tão gordas quanto são e acreditam que pesam de 20 a 30 quilos menos do que pesam na realidade. Ele explica que existem diversas maneiras de avaliar a imagem corporal, e o caso de Bird também pode ser o de uma extrema distorção da imagem. “O número de pacientes com este problema não é grande, mas existem pessoas que tendem a minimizar a situação e não se acham tão obesas quanto são”, afirma.
 
 
 
É...parece q é isso mesmo. Vou mudar minhas táticas.
Vou imprimir uma foto GIGANTE minha atual, aliás vou imprimir ESTA foto horrorosa! Para que meu cerebro ENTENDA que eu estou gigante, que eu preciso emagrecer, tenho que parar de me boicotar!!!
Quem sabe isso ENTRA no meu cerebro de uma vez por todas!
Bem, é isso, depois converso mais com vcs...porque por hora estou chocada e tentanto organizar as idéias!
bju

sábado, 22 de outubro de 2011

chutando o balde!

Oi gente!
Bem, pelo visto eu não conseguir atingir minha meta para o final do ano.
To tão triste qto a isso, mas eu não ando conseguindo e não quero me sentir culpada.
QUERO SER FELIZ!!! Mas tb quero ser magra e saudável!! Poxa, será q é tão difícil conciliar ambas as coisas?!
E pra dificultar ainda mais as coisas, tudo q é gostoso faz mal! Já percebeu?
Tá louco!
To aqui com o note no colo, digitando minhas queixas pra vcs, sentada no sofá em frente à TV e mordiscando uns amendoins, bebendo uma taça de vinho com os pés no puff. Tem coisa mais gostosa q isso??
Vai me dizer q seria bom eu estar comendo umas cenourinhas, tomando um suco de couve com hortelã e maçã e pedalando numa bike ergométrica? Fala sééério!! Ser saudável beira a loucura...
Acho q por isso é TÃO MEGA difícil conseguir manter uma vida "regrada" e saudável.
Aff...
As coisas podiam ser tão mais fáceis, e porque não são?!
E veja bem como hj eu estou totalmente fora do meu alvo:
Daqui a pouco eu vou no BrookliFest que é uma festa aqui no Brooklin q tem sempre em maio e outubro. É uma delícia!
Eles fecham a rua aqui e enchem de barraquinhas! Tem música, artes, artesanato, roupas, artigos em geral e COMIDA!! E como tem comida! Tem tudo q vc pode imaginar, tudo mesmo: salsichões, comidas alemãs, tempurá, curau, tapioca, churros, hot-dog, pernil, acarajé, kibe, empadas, pipoca..etc...tudo mesmo.
É aqui do lado de casa, vc aha q eu num vou lá? Acha mesmo?
Eu vou, vou comer, vou beber e vou ser feliz!
Pelo menos hj.
Bjinhus!!!