Minha longa caminhada

Minha longa caminhada
Estou partindo de 96kg para chegar aos 65kg, Tenho q me livrar de 30 kg. .

domingo, 25 de setembro de 2011

DEPRESSÃO

Hoje em dia é comum ouvirmos que fulano teve depressão, ciclano está deprimido e beltrano tem depressão.

Há alguns anos, em 2003, fui diagnosticada com depressão. Ok, me tratei, fiz terapia, me senti melhor, tive alta da psicóloga e "me achei" curada. Passado um período tive outra crise, se assim posso dizer,em 2005, mas esta foi pior. Tive gastrite, crise de hipoglicemia e sintomas de sindrome do pânico. Desta vez quem me diagnosticou foi um médico clínico geral (ele estava fazendo residencia para psiquiatria) e me alertou que minha depressão era decorrente de uma síndrome chamada de ansiosa-depressiva, que estava bem caracterizada de acordo com as minhas queixas.
Saí do lugar que eu considerava q me fazia mal, meu trabalho. Estava fazendo mestrado com um orientador doido (depois descobri que todos são) e não tive maturidade para enfrentar as loucuras dele. Fiquei frágil e doente, resolvi abandonar tudo - o que foi muito, mas muito difícil para mim - e cuidar da minha saúde.
Nestes dois episódios, percebi uma coisa em comum, dentre várias é verdade, eu comia demais! Comia para esquecer, comia porque me dava prazer, comia porque ficava mais leve emocionalmente, só que mais pesada fisicamente, rsrsrsrs....E comia até ficar estufada, para assim conseguir dormir!

Na verdade a comida sempre foi uma "valvula de escape" para mim, mas sempre consegui controlá-la muito bem, conseguia manter meu peso, mais ou menos dentro dos 65 kg.
E, recentemente, tive outra crise depressiva. E esta pior que a segunda, aliás BEM pior!!
Em todas essas crises houveram motivos, nesta ultima os motivos foram váááários. Aconteceram muitas coisas na minha família que eu não pude surportar emocionalmente, novamente. Sabe quando vc toma um "caldo" no mar? Foi assim que me senti...um longo e insuportável caldo!

Veio a primeira onda e me derrubou. Me reergi, juntei forças e veio a segunda, bem mais forte. Fiquei um período rodopiando no fundo do mar, indo com a cara na areia, engolindo água e quase me afogando. Por um milagre consigo respirar, mas nem bem respiro vem outra onda. Nesta altura, estou frágil, desorientada, doente, sem forças, sem folego, sem perspectivas, mas volto a tona novamente. Fui resgatata e começaram as peregrinações aos médicos e especialistas para que eu descubra qual foi a avaria desta vez. Foram muitas e grandes. Ainda estou em tratamento, ainda estou descobrindo as "respostas" de muitos sintomas que carrego, ainda tenho recaídas e muitas, e duras.
Dentre váários problemas de saúde está a obesidade. Sim, estou obesa, como nunca estive.
Ao tentar vencê-la, como vcs estão acompanhando pelo blog, tive momentos terríveis de fracassos e frustrações.

Mas dentro desta loucura toda descobri uma coisa, uma coisa que acabou mudando totalmente a minha visão da minha própria vida! O que eu considerei um primeiro "episódio" de depressão, na verdade não foi o primeiro. Não foi o primeiro, pq os outros tb não foram os segundos e terceiros.

Na verdade nunca houveram episódios, como eu achava. Na verdade eu SEMPRE estive com depressão, eu ainda não consegui me curar completamente!!!
Tive este "insight" em uma conversa bem franca e sincera com meu marido.
Eu sempre estive em depressão!
E desde então eu venho engordando, engordando, me boicotando, me enganando, me cobrando...e assim vai...
CARAMBA
Isso foi uma luz pra mim! Tudo bem que as coisas q aconteceram em minha vida não colaboraram muito, rsrsrs, mas em outro momento da minha vida eu teria encarado melhor, teria conseguido, teria vencido. Mas eu estava fraca, desamparada, desorientada e doente. É, eu estava muito doente.
Eu quero voltar a ser a MELISSA de antes! A Melissa forte, perseverante, vencedora e saudável!
Quero voltar a ser quem eu nunca deveria ter deixado de ser!
Voltar a emagrecer, voltar a sorrir, a ter prazer nas coisas, a ter animo, dinamismo, competencia, fazer exercícios, me alegrar, vencer e conquistar! Eu quero voltar!

"Quero voltar ao início de tudo,
Encontrar-me contigo Senhor.
Quero rever meus conceitos e valores
Eu quero reconstruir.
Vou regressar ao caminho
Vou ver as primeiras obras Senhor
Eu me arrependo Senhor, me arrependo Senhor, me arrependo Senhor!

EU QUERO VOLTAR ao primeiro amor, ao primeiro amor, 
Eu quero voltar a Deus.
EU QUERO VOLTAR ao primeiro amor, ao primeiro amor, 
Eu quero voltar a Deus."

AMÉM!

3 comentários:

  1. Olá, Melissa. Tudo bem?
    Tenho 24 anos e há um ano fui diagnosticado com Depressão. Sempre fui uma pessoa tímida e muito retraída, pessimista e com baixa auto-estima. Principalmente nos relacionamentos. Gostava das garotas, nunca dava certo. Nunca fui do tipo de homem que só pensa naquilo, que só quer saber de sexo, beijo na boca. Valorizo uma mulher que se conserva, que tem moral, caráter, hábitos bons. Mas sempre que achava que havia encontrado alguém assim, não dava certo. Até que comecei a namorar. Me apaixonei de verdade. Foi a pessoa que escolhi para mim, e deu certo! Tivemos vários problemas. Insegurança demais de minha parte, segurança demais da parte dela. Sentia que me decepcionava com poucas coisas, com pequenas atitudes. Exemplo: queria que ela me ligasse e não ligou. Resultado: ficava muito triste, chorava, e com o tempo passei a me sentir até agoniado. Não colocava pra fora as coisas.

    ResponderExcluir
  2. O tempo foi passando, terminamos, voltamos e tudo ia muito bem. Até que entramos de férias. Nos falávamos só pela internet. Acontece que um dia, tive uma dessas crises de insegurança. Fiquei triste, uma sensação muito ruim. Fui dormir e não consegui dormir. Comecei a sentir uma agonia, um vazio imenso. Coisa que nunca havia sentido antes. Os sentimentos desapareceram. Não sentia mais saudade dela, amor por ela, vontade de estar perto. Eu comecei a me perguntar a todo tempo o motivo daquilo, se eu não gostava dela mais, se devia terminar, o que estava acontecendo. Não sentia fome, não sentia vontade de levantar da cama, de tomar banho. Se alguém de minha família falecesse eu acho que não teria me importado. Fui ao médico e iniciei o tratamento com anti-depressivos. A agonia foi passando, mas eu fiquei absolutamente indiferente com tudo. Não ficava triste, mas não me alegrava com nada. Não tinha mais libido. Meu relacionamento desmoronou. Terminamos. Não posso falar que fiquei triste, pois naquele momento foi indiferente, como todas as outras coisas. Eu não tinha mais amor pela minha vida!
    O tempo foi passando, eu tomando os remédios e indo ao psicólogo. Senti melhoras. Passei a me animar mais com meus amigos, sair mais, me divertir. Até me desinteressei um pouco por minha ex-namorada e olhei para outras garotas.
    Isso aconteceu até que eu descobri que ela tinha saído com outro cara. Na hora, não me importei muito, mas quando a ficha caiu, meu mundo caiu junto. A agonia voltou, o desespero também. Não sabia o que estava sentindo direito. Imaginava ela com outra pessoa e ficava desesperado. Pensei muito e fui conversar com ela. Voltamos. Foi um momento em que todos os sentimentos ruins foram embora. Me senti muito feliz. Fiquei bobo, falava que a amava a cada 10 minutos. Estava muito bem. Isso durou uma semana. Após esse episódio, a agonia voltou, os pensamentos também. Pensamentos invasivos, todos levando ao negativo. A ausência de sentimentos voltou a tomar conta. Não sabia o que sentia mais. Aquele amor gostoso que sentia antes, passou a ser um amor frio. Eu me sentia bem, mas não sentia mais aquela coisa linda que me fazia olhar nos olhos e dizer o quanto ela era importante. Na verdade, parece que eu não me lembro dos sentimentos. Não lembro como era a sensação que eu sentia e que me fazia dizer 'eu amo você'. E isso faz minha cabeça gerar mais e mais perguntas. 'O que fazer? Terminar? Vou ser mais feliz assim? Vou fazer o que se terminar? Vou correr atrás de mil mulheres? É isso mesmo que eu quero?' E por aí vai. Outra coisa que tem acontecido bastante é a questão sexual. Todo homem acha homens bonitos. Falar que não é hipocrisia. Se eu vejo um homem bonito, eu penso que o cara é bonito. Mas o pensamento se direciona no fato de eu ter a auto-estima baixa. Parece que eu quero ser igual àquela pessoa, que aquilo vai fazer outras pessoas olharem para mim. E não é que eu quero outras mulheres em minha vida, mas é o fato de eu querer me sentir bonito, importante, desejado. Aí com a Depressão, as perguntas invasivas aparecem até com relação a isso. Na verdade, são essas duas coisas que me causam aungústia no pensar. Relacionamento, Orientação Sexual. Sem pensar, vou juntando os fatos e penso: 'Não sinto amor por minha namorada, não sinto saudade, atração. E acho homem bonito. Logo, sou gay.' E me sinto angustiado novamente pensando nisso. As vezes eu penso em outras meninas. Mulheres bonitas. Isso me angustia denovo pois penso 'se vejo uma outra garota e 'me encanto' então eu não amo minha namorada'. Isso é horrível. Esta situação é horrível. Cada dia tem sido uma batalha em minha vida. Há dias em que acordo angustiado. O primeiro pensamento que vem em minha cabeça, já é uma pergunta. 'O que eu estou sentindo por minha namorada?' E a resposta sempre é 'Não sei.'. Pronto, acabou meu dia.

    ResponderExcluir
  3. Mas o que acontece é que há dias que converso com ela, mesmo pela internet, e fico bem. Muito bem. E aí eu não penso duas vezes e falo o que tenho vontade. Parece que por alguns minutos eu comecei a voltar a ser o que era. Mas é só desligar o computador, que a coisa volta. Uma semana atrás viajamos juntos. Eu fiquei angustiado e ansioso, me perguntando a todo momento como seria, se era aquilo que queria. Até meia hora antes de vê-la fiquei desse jeito. A partir daí, pareceu que tudo voltou como era antes. Quando a abracei, me senti preenchido! Tudo passou, tudo. Foram 4 dias quase sem sentimentos ruins, sem perguntas. Mas voltei pra casa, e me sinto mal denovo.
    Não sei o que acontece comigo. Mas está afetando minha vida, meu relacionamento. Ela é uma pessoa maravilhosa. Não tenho motivo algum para querer ela longe de mim. Ela evoluiu quanto a tudo que me incomodava. É uma gracinha. Tem defeitos como todo mortal, mas quero muito que a gente dê certo. Mas quando estou mal, não sei o que fazer.

    Venho por meio desse comentário, publicar minha história aqui. Não sei se você já passou por algo parecido. Sua situação, seus sintomas foram muito parecidos com os meus. O motivo acredito que seja bem diferente. Mas se puder me dar uma luz, me dizer que isso é coisa da minha cabeça. Nossa, me aliviaria tanto. Pois as coisas vêm tão fortes em minha cabeça, que há momentos em que não consigo acreditar que tudo isso é por causa da doença, não de mim. Já quase me afirmei gay, a ponto de pensar como eu faria pra contar pros meus pais. Já quase terminei meu namoro, imaginando até os diálogos. Me sinto muito mal, não quero isso em minha vida. Quero parar de sentir que sou assim mesmo, que eu sou isso e tenho que seguir o que minha cabeça involuntariamente diz. Quero voltar a ser o que era. O bobo, carinhoso, que ama e quer ser feliz ao lado da pessoa amada.

    Agradeço por qualquer ajuda. Desejo muito que você siga firme nessa luta. Sei o quanto é difícil lutar contra. Mas você já encontrou o caminho. E vai conseguir. Agora é tempo e persistência.

    Torço muito por você.
    Fique com Deus, Melissa.
    Tudo de bom.

    L.

    ResponderExcluir